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Mangalarga e a ponte que vai do nada pra lugar nenhum (Leury Farias)

 

Escute a poesia recitada por Leury Farias


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Mangalarga e a ponte que vai 
do nada pra lugar nenhum 

Sob sol ou inverno de muita chuva
Em trôpego trote, breca o cavalo
Na cabeceira da ponte do Rio das Malas.

Mata-burro, feito de massaranduba.
Olhar arredio. Olha prum lado, olha pro outro,
Circunda em rápidos passos pelo lado da ponte.
A estrada é firme e muito segura!

O silte arenoso dá a pista
que por ali nunca houve argila.
Cabeça erguida e todo orgulhoso,
O puro-sangue, a galope, segue adiante.

Sobre a ponte, nem carro, nem gato passa!
Sob ela, nem rio ou riacho, igarapé ou vala!
Pra que a ponte, estiva ou pinguela?

A ponte do Rio das Malas com mata-burro,
Engana burro, mas não cavalo Mangalarga.

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