Escute a poesia recitada por Adaury Farias
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Joaquina
Ontem quando fui sair, pela
manhã,
A moto não funcionou, então levei pra oficina,
O mecânico logo falou: colocaram
sal na gasolina.
Humm... isso foi coisa da Joaquina
Pra me deixa longe de casa,
fazer a limpa
E fugir com o Bianor.
E agora o que é que eu faço?Tô no mato sem cachorro.Sem ela não consigo dar um passo.Como vou pedir socorroPra sair desse sufoco?
Perdi a conta de quantas a
danada já me fez.
Dessa vez foi pior, levou tudo
que eu tinha.
Levou o espelho, o gás de
cozinha,
A renda da venda das sacolinhas,
Minha calça jeans, meu celular...
Tenho certeza que foi pra dar praquele
safado.
Até o pó de café e o açúcar
mascavo
A messalina levou!
Levou tudo e me deixou liso outra
vez.
Liso, liso sem nenhum puto centavo!
Tomaz, que deixou a batinaE hoje é “ex’ da JoaquinaE também já viveu essa amargura,Quando me viu meio descaído,Tomou um gole de cachaça, rio da minha desgraça,E com toda experiência de vida, me disse:
Não chore, não foi a primeira
vez.
Também já passei por essa
fissura!
Espere que a grana dela vai
acabar.
Não sofra por essa meretriz.
Ela vai voltar cheia paixão e ternura!
E quando esse dia chegar,
Deixe o povo todo falar
Não faça como eu fiz,
Perdoe a cretina, sorria de novo.
E com Joaquina, volte a ser
feliz!”
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